Casal da Coelheira 2023: Um exemplo de equilíbrio e frescura

casal da colheira sima

Hoje vamos falar sobre o vinho rosé da região do Tejo. Comprei três garrafas de vinho rosé de diferentes produtores durante o evento Adiafa do Tejo, que teve lugar na cidade de Santarém.

Porque é que comprei especificamente vinho rosé?

A resposta é simples: a minha esposa, ultimamente, tem apreciado bastante este tipo de vinho português. São vinhos leves, frescos e muito agradáveis de beber, além de terem uma cor rosada muito apelativa.

Num dos nossos jantares, chegou a vez de abrir uma garrafa de vinho rosé Casal da Coelheira 2023, vinho regional Tejo.

casal da colheira frente

Na etiqueta, descobrimos que este vinho é produzido a partir de duas castas: Syrah e Touriga Nacional.

casal da colheira rotulo

O tamanho da garrafa é — 750 ml — e o teor alcoólico é de 13%.

O produtor deste vinho é a Casal da Coelheira Sociedade Agrícola LDA.

No site do produtor, encontrámos mais informações detalhadas sobre este vinho:

casal da colheira ficha

Uma característica interessante — na etiqueta, há um código QR, e ao apontar a câmara do telemóvel para esse código, supostamente, seríamos direcionados para um serviço especial com a descrição completa deste vinho.

casal da colheira qr

No entanto, ao visitar o site através do código QR, apenas encontrámos o nome do vinho 🙁

casal da colheira servico qr

Agora vamos diretamente às nossas impressões sobre a prova deste vinho — digo “nossas” porque é a opinião de duas pessoas: a minha e a da minha esposa.

Cor: rosa intensa.

Aroma: fresco e frutado.

Sabor: muito fresco, com uma acidez pronunciada que lembra o vinho verde. Apesar de não ser espumante, este vinho provoca uma ligeira sensação de formigueiro na língua, algo característico dos vinhos frisantes.

casal da colheira 2023 prova

Na nossa opinião conjunta, este vinho é um excelente exemplo de um vinho equilibrado e leve, que pode acompanhar tanto uma refeição simples como sobremesas leves.

Quanto ao preço, no site do produtor custa 4,99 euros, mas comprámo-lo no evento por 4,5 euros.

Na nossa opinião, a qualidade do vinho, da garrafa, da etiqueta e da rolha merecem um preço bastante mais elevado.

Aliás, isso pode ser dito sobre a maioria dos vinhos portugueses. Nós, como estrangeiros, continuamos surpreendidos com o facto de vinhos tão bons e de qualidade serem vendidos a um preço tão acessível.

Repetimos: o preço mínimo de um produto como o vinho reflete a ausência de lucro suficiente para o produtor. E se o produtor não tiver lucro suficiente para se desenvolver, é evidente que os consumidores não devem esperar vinhos de melhor qualidade no futuro.

Tudo isto está muito interligado.

O vinho não é um artigo barato como os que se encontram no AliExpress, é um produto agrícola. Compreende que as uvas só dão fruto uma vez por ano, certo?

E, além disso, não basta apenas cultivar as uvas; é necessário colhê-las, processá-las, controlar o processo de fermentação, comprar garrafas, etiquetas, rolhas, pagar impostos, etc.

O trabalho dos produtores de vinho é um elemento muito importante, tanto para a economia como para a cultura global da humanidade, e, por isso, devemos valorizar esse trabalho e apreciar a qualidade dos vinhos portugueses.

Acredite ou não, na Bielorrússia, às vezes, por 5 euros vendem-se produtos chamados “vinho” que nem sequer se podem comparar a um sumo estragado… E os vinhos minimamente aceitáveis começam por volta dos 15-20 euros por garrafa.


Viachaslau Bykouski