O D’EÇA Pinot Noir 2013 é um vinho tinto regional Duriense que surpreende pela qualidade e pelo preço. Para um vinho com 12 anos de envelhecimento, o valor de cerca de 7,95 € é verdadeiramente notável e levanta desde logo curiosidade em quem aprecia vinhos com maturidade.
Encontrei um anúncio dos vinhos D’EÇA Pinot Noir 2013 no Facebook e, para ser sincero, o que me chamou a atenção foi o preço.
Curioso, acedi ao site do produtor e encomendei uma caixa. O vinho chegou numa semana e mal podia esperar para o provar.
Atualmente, este vinho ainda está disponível no site do produtor por 7,95 euros.
Descrição do Vinho – D’EÇA Pinot Noir 2013
Trata-se de um vinho tinto, classificado como Vinho Regional Duriense, oriundo da célebre região vinícola do Douro.
O teor alcoólico é o habitual para vinhos tintos: 13,5%.
Na etiqueta, consta também o site do produtor – www.decawine.com – mas, infelizmente, não consegui aceder.
Já agora, o código QR da etiqueta também leva a um site que não abre 🙁
Felizmente, através de uma pesquisa, encontrei outro site do produtor (vinhosdeca.com)
A Prova
Chegado o tão aguardado momento, abri finalmente a garrafa de D’EÇA Pinot Noir 2013. Fui de imediato envolvido por um aroma intenso e expressivo, com notas de frutos vermelhos maduros.
O vinho apresenta uma cor vermelho-bordéus profunda.
Bebi com prazer um copo deste néctar envelhecido e o que mais me surpreendeu foi a ausência de um excesso de taninos, algo que esperaria num vinho com mais de uma década.
Não se revelou demasiado adstringente. Pelo contrário, destacou-se pela elegância e suavidade, deixando um final de boca muito, muito agradável.
Confesso que não tenho muita experiência com vinhos envelhecidos, mas partia da ideia de que, com o passar dos anos, o vinho se tornaria mais robusto, com um sabor mais intenso e maior presença de taninos.
Contudo, como tantas vezes acontece, a realidade surpreendeu-me: o D’EÇA Pinot Noir 2013 é um vinho que, ao longo de 12 anos, alcançou um patamar de elegância notável.
É precisamente este tipo de descobertas que mais me fascina nas provas de vinho. Gosto de verificar se o vinho corresponde (ou não) às minhas expectativas. Regra geral, os vinhos portugueses conseguem superá-las.
Pinot Noir no Douro: um desafio
A casta Pinot Noir é mundialmente associada à Borgonha, em França, e é reconhecida pela sua dificuldade de cultivo. Exige climas mais frescos e solos específicos, sendo rara em regiões de clima quente como o Douro. Produzir um Pinot Noir de qualidade em Portugal é, portanto, um desafio, mas também uma prova de inovação e ousadia dos produtores locais.
O sucesso do D’EÇA Pinot Noir 2013 mostra que, em condições adequadas, esta casta pode dar origem a vinhos distintos, que conciliam frescura aromática com a robustez do terroir duriense.
Factos interessantes
- A casta Pinot Noir é considerada uma das mais antigas do mundo, com registos na Borgonha há mais de 2.000 anos.
- É também uma das castas base para a produção de Champagne e de muitos espumantes de qualidade.
- O Douro é mais conhecido pelos tintos de Touriga Nacional e Tinta Roriz, mas alguns produtores têm vindo a experimentar castas internacionais com resultados surpreendentes.
- Vinhos envelhecidos como este são oportunidades únicas para compreender a evolução das características aromáticas e gustativas ao longo do tempo.
O D’EÇA Pinot Noir 2013 é um vinho que desafia expectativas. Elegante, equilibrado e com um preço acessível, demonstra que Portugal continua a ser uma das melhores origens mundiais para descobrir vinhos de elevada qualidade a valores muito competitivos.
O D’EÇA Pinot Noir 2013 é um vinho tinto excelente, com um aroma vibrante e um sabor elegante.
Recomendo vivamente.
Boas provas e muita saúde!