Quase uma centena de obras de artistas icónicos dos séculos XX e XXI está em exibição no espaço cultural Multicenter do Palácio Sotto Maior, na Figueira da Foz. A mostra decorre até ao final de setembro, de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. A entrada é gratuita para crianças até aos 12 anos e o bilhete para adultos tem o custo de 5 euros.
Além dos parceiros habituais do Palácio Sotto Maior, esta exposição temporária conta com o apoio da Real Companhia Velha, que assumiu como estratégia a ligação da marca de vinhos Quinta das Carvalhas ao mundo da arte. Os vinhos da propriedade estiveram também presentes na cerimónia de inauguração da exposição.
Há uma intenção clara de dinamizar a atividade cultural do palácio. “As portas do Palácio Sotto Maior sempre estiveram abertas, mas esta exposição é o início de algo novo. Não posso garantir que seja uma iniciativa única – porque os projetos nascem de ideias, mas dependem sempre da sua concretização. Contudo, posso afirmar com confiança que, tanto nós como os nossos parceiros — M. Coutinho, Águas da Figueira e Real Companhia Velha — partilhamos a visão de que este poderá ser o início de algo maior: um ciclo a que chamámos ‘Arte. Tempo. Palácio’”, afirmou José Miguel Amorim Coelho, representante da Sociedade Figueira Praia, S.A., entidade promotora da exposição.
A curadoria está a cargo de Tiago Feijóo. Durante o verão, os visitantes podem apreciar obras da luso-britânica Paula Rego (1935–2022), da portuguesa (naturalizada francesa) Maria Helena Vieira da Silva (1908–1992), e dos espanhóis Pablo Picasso (1881–1973), Joan Miró (1893–1983) e Salvador Dalí (1904–1989).
Segundo Tiago Feijóo, “as obras selecionadas dialogam com uma longa tradição cultural, criando um percurso onde o tempo se torna visível e o gesto criador se perpetua. É um encontro sensorial e intelectual, que nos conduz a momentos internos de reflexão, de reconhecimento e de emoção. Esta iniciativa reforça o compromisso institucional com a valorização do património artístico e o acesso universal à cultura, inscrevendo no percurso do Palácio Sotto Maior mais um capítulo de diálogo com a memória artística do nosso tempo.”
Situada no Alto Douro Vinhateiro, a Quinta das Carvalhas pertence à Real Companhia Velha e é considerada a sua joia da coroa. Produzem-se ali vinhos com uma ligação profunda à terra. Dos DOC Douro aos Vinhos do Porto, todos refletem o terroir de forma autêntica — vinhos que podem ser vistos como verdadeiras obras de arte. Para Tiago Silva Reis, diretor-executivo da Real Companhia Velha, “a ligação da Quinta das Carvalhas à arte é um axioma. A arte é uma forma de expressão humana, uma manifestação criativa que transcende a utilidade prática e convida à reflexão, à emoção e à imaginação. Tal como uma obra de arte, cada vinho é a expressão de um lugar, de um tempo e de uma visão.”
Katerina
