Bagos D’Ouro Wine Party celebra 15 anos no Douro

No dia 25 de outubro de 2025, entre as 17h00 e as 21h00, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, em Sabrosa (Vila Real), recebe a edição especial da Bagos D’Ouro Wine Party, um evento solidário que une o vinho, a paisagem e a causa social da Associação Bagos D’Ouro.

Esta edição marca 15 anos de trabalho da associação na região do Douro, coincidindo com as duas décadas do projeto de enoturismo da Quinta Nova, um dos mais emblemáticos da região. Juntas, as duas entidades promovem uma celebração de outono única, onde castanhas, vinho e música se juntam num ambiente de convívio e solidariedade.

A receita líquida do evento reverte integralmente a favor da missão da Bagos D’Ouro, que apoia a educação de crianças e jovens durienses em risco de exclusão social.

Os participantes são convidados a deixar o carro no Espaço Miguel Torga, em Sabrosa, e seguir em autocarros dedicados até à Quinta Nova.

Com bilhetes a 50 euros, a festa promete ser expetacular, à partilha e à sua gente — com vinhos extraordinários e uma atmosfera boa, em pleno coração do vale vinhateiro.

Informações práticas

Data: 25 de outubro de 2025 (sábado)
Horário: 17h00–21h00
Local: Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Sabrosa – Vila Real
Bilhetes: 50,00 €
Classificação etária: M/18 anos
Promotor: Associação Bagos D’Ouro
Nota: Evento solidário – receita líquida a favor da missão educativa Bagos D’Ouro.

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo

Com mais de dois séculos de história, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo é uma das propriedades mais emblemáticas do Douro Demarcado, figurando nos registos da primeira demarcação pombalina de 1756.

Situada em Sabrosa, a quinta estende-se por 120 hectares de encostas durienses e preserva um património histórico de grande valor, incluindo a adega original de 1764, a casa senhorial oitocentista e a capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, construída para proteger os antigos barqueiros do Douro.

A ligação ao vinho remonta ao século XVIII, quando a quinta produzia vinhos e frutas para abastecer as margens do rio. No século XX, tornou-se palco do primeiro estudo de plantação monovarietal do Douro (1979-1981), com as castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, num projeto conjunto com o Ministério da Agricultura.

Desde 1999, sob gestão da família Amorim, a propriedade alia tradição e inovação. A adega histórica foi modernizada, integrando cubas de cimento de diferentes dimensões e tecnologia de monitorização inteligente das fermentações, preservando o carácter dos vinhos durienses. A Quinta Nova mantém-se como um exemplo de viticultura de precisão e respeito pelo terroir, refletindo a essência do Douro em cada colheita.

A Região Demarcada do Douro

A Região Demarcada do Douro é um dos maiores símbolos da viticultura mundial e um marco na história do vinho. Criada em 1756, foi a primeira região vinícola do mundo a ser oficialmente demarcada e regulamentada, com regras rigorosas sobre produção e qualidade.

Desde então, o Douro consolidou-se como um território de excelência, distinguido pela UNESCO, em 2001, como Património Mundial da Humanidade, na categoria de paisagem cultural evolutiva viva.

Localizada no nordeste de Portugal, a região desenvolve-se ao longo do rio Douro e dos seus afluentes, entre vales encaixados e encostas íngremes. A paisagem é marcada por socalcos e patamares de xisto, onde se cultivam vinhas centenárias que convivem com oliveiras e amendoeiras.

Esta geografia de montanha extrema, com declives que atingem 45º a 50º, moldou uma viticultura artesanal e resiliente, feita à força humana.

O território está dividido em três sub-regiões distintas: Baixo Corgo, de clima mais ameno; Cima Corgo, coração da produção de vinhos do Porto de alta qualidade; e Douro Superior, mais quente e seco, ideal para vinhos de estrutura e longevidade.

Com cerca de 130 castas autóctones, o Douro é um laboratório natural de diversidade genética e técnica.