Continuamos a dar-lhe a conhecer as empresas vitivinícolas que conhecemos no evento vínico Figueira Wine Fest.
Vinilourenço: Uma História de Duas Gerações
A história da Vinilourenço é marcada pela paixão, luta e capacidade empreendedora de duas gerações da família Lourenço. Na década de 80, Horácio Augusto Lourenço plantou as primeiras vinhas, lançando as bases para este sonho.
O seu filho, Jorge Miguel Graça Lourenço, deu continuidade ao negócio, desenvolvendo a viticultura, criando vinhos e estruturando a empresa.
Situada na pequena aldeia do Poço do Canto, concelho da Meda, em pleno Douro Superior, a Vinilourenço começou a ganhar forma com a aquisição de várias propriedades na região.
A Vinilourenço possui atualmente 45 hectares de vinha localizados nos concelhos de Meda e Vila Nova de Foz Côa. A distribuição das parcelas pelo Poço do Canto, Vale da Teja e Pocinho, com uma variedade de climas, solos e altitudes que vão dos 160 aos 700 metros, permite a criação de vinhos diferenciados.
Alguns desses vinhos foram apresentados no recente evento Figueira Wine Fest.
“Este é um projeto familiar. Procuramos recuperar castas antigas e apresentá-las ao mercado.”
A devoção à terra e a procura constante pela inovação fazem da Vinilourenço uma pequena empresa familiar que tem conquistado reconhecimento nacional e internacional.
Vinha das Penicas
A Vinha das Penicas foi fundada por Alberto Almeida na sub-região da Beira Atlântico, nas Terras de Sicó.
O projeto teve início em 2006, com a recuperação de dois hectares de vinhas antigas, algumas com até 100 anos. Estas vinhas são compostas por uma mistura de castas brancas e tintas indígenas, refletindo a diversidade e riqueza do terroir local.
A Vinha das Penicas adota práticas de viticultura sustentável. A vinificação é feita com leveduras indígenas e mínima intervenção, mantendo o caráter dos vinhos.
“Somos um pequeno produtor. As nossas vinhas situam-se nos concelhos de Miranda do Corvo e Condeixa, no centro de Portugal. As nossas vinhas são muito antigas, algumas com mais de 100 anos, com castas autóctones. A casta dominante nas tintas é a Baga, e nas brancas, a casta Maria Gomes.
Mas temos muitas outras – brancas e tintas. Produzimos com mínima intervenção, fazendo o vinho de forma antiga. Levamos o vinho sem máscaras, com uma abordagem mais pura e minimalista, para dar a conhecer como eram os vinhos antigamente. Ao mesmo tempo, apresentamos os vinhos com uma roupagem mais moderna.”
Tanto a Vinilourenço quanto a Vinha das Penicas exemplificam a paixão e a dedicação à viticultura tradicional aliada à inovação.
Estas empresas familiares não só preservam as castas e métodos ancestrais, como também adaptam as suas práticas às exigências contemporâneas do mercado, conquistando reconhecimento nacional e internacional.
O compromisso com a qualidade e a sustentabilidade assegura que cada garrafa de vinho produzida seja uma representação autêntica do terroir e da tradição vitivinícola portuguesa.