Prova Premium na Quinta do Sampayo

A Quinta do Sampayo, situada em Vale da Pinta (Cartaxo), convida os apreciadores de vinho a viver uma experiência única com a Prova Premium, um programa completo que alia história, tradição e enologia.

Itinerário da experiência

• Acolhimento e entrega do kit de vindima
• Apresentação da História da Quinta do Sampayo
• Breve explicação sobre as castas e solos da propriedade
• Visita à adega e à cave, conhecendo os processos de vinificação e estágio
• Prova guiada por enólogo, acompanhada por uma seleção de produtos regionais

Informações práticas

• Valor: €25,00 por pessoa
• Duração: 2 horas
• Horário: de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 12h00
• Participantes: mínimo de 2 pessoas
• Marcação: obrigatória com antecedência de 24 horas

O programa pode ser complementado com almoço ou jantar, mediante reserva prévia. Inclui ainda uma breve saída para o campo, antes da visita à adega e cave, culminando na prova de vinhos e degustação de produtos locais.

Quinta do Sampayo

A Quinta do Sampayo, integrada no Grupo Agroseber desde 1995, localiza-se no concelho do Cartaxo, a menos de uma hora de Lisboa.

A sua história remonta a 1718, ano em que se iniciou a produção de vinho. Em 1860, o rei D. Pedro V concedeu a Luíz Teixeira de Sampayo o título de I Visconde do Cartaxo, mantendo a atividade vitivinícola na propriedade. Já em 1843, Almeida Garrett mencionava a casa de Sampayo na obra Viagens na Minha Terra, prova da relevância cultural e social do espaço.

Durante o século XX, Luís Teixeira de Sampayo, bisneto do I Visconde, teve papel de destaque enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros, recebendo na Quinta figuras da política e da cultura. Foi também responsável por compilar estudos sobre o concelho e sobre a freguesia de Vale da Pinta, onde a quinta está situada.

Atualmente, a propriedade estende-se por cerca de 90 hectares, com 55 hectares de vinha e 11 de olival. As vinhas incluem castas tintas como Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira, Castelão, Syrah e Alicante Bouschet, e brancas como Arinto e Fernão Pires. O olival é composto por oliveiras centenárias da variedade galega.

A adega moderna dispõe de lagares de inox com pisa mecânica e vinimatics, complementados por uma cave de envelhecimento com barricas de carvalho francês e americano. A equipa técnica, liderada pelo enólogo Marco Crespo e pelo agrónomo Alberto Miranda, alia conhecimento e inovação, valorizando o terroir e a produção da região.

Região Vitivinícola do Tejo

A Região Vitivinícola do Tejo, anteriormente conhecida como Ribatejo, possui uma ligação ancestral à vinha e ao vinho. A sua história remonta a cerca de 2000 a.C., quando os Tartessos introduziram a cultura da vinha junto às margens do rio Tejo.

Mais tarde, já no século XII, D. Afonso Henriques fez referência aos vinhos da região no Foral de Santarém, e há registos de que, no Cartaxo, chegaram a ser exportados 500 navios carregados de tonéis de vinho num único ano. Apesar de momentos de retrocesso, como a ordem do Marquês de Pombal em 1765 que determinou o arranque de vinhas, a produção manteve-se enraizada na região.

Com cerca de 7.000 km² de área, dos quais 12.500 hectares são dedicados à vinha, o Tejo estende-se por 21 municípios, maioritariamente no distrito de Santarém.

O rio que lhe dá o nome molda o território, dividindo-o em três zonas distintas: o Bairro, com solos argilo-calcários; o Campo, em terrenos de aluvião férteis; e a Charneca, marcada por solos arenosos mais pobres. A influência do rio garante grande amplitude térmica, com dias quentes e noites frescas, favorecendo a maturação equilibrada das uvas.

Os Vinhos do Tejo apresentam frescura, equilíbrio e aromas frutados. Nos brancos, predominam notas tropicais e cítricas; nos tintos, a fruta está sempre presente, com potencial para guarda em estilos mais estruturados. A diversidade é ampla, incluindo rosés, espumantes, vinhos licorosos e colheitas tardias, todos certificados pela CVR Tejo como DOC ou IG.

Para além da produção, a região alia património histórico, gastronomia rica e paisagens ribeirinhas que reforçam a sua identidade vitivinícola.