Vindimas na Casa Paciência 2025

De 15 de agosto a 28 de setembro

A Casa Paciência, um dos produtores mais antigos da região do Tejo (desde 1905), abre portas à tradição e celebra a época das vindimas com três programas distintos, ideais para todos os gostos e ritmos. Entre vinhas centenárias e uma adega cheia de história, os visitantes podem escolher entre experiências de 1 a 3 horas, com provas, pisa de uvas, corte de cachos e sabores regionais.

Programas Disponíveis

FLASH Vindima – 25€ por pessoa

Duração: 1 hora | Mínimo: 6 pessoas | Até 28 de setembro

• Welcome drink
• Oferta do Kit Vindima
• Passeio pelas vinhas
• Participação na colheita
• Bucha tradicional no campo
• Prova do mosto da uva recém-prensada

Vindima PÉ DESCALÇO – 35€ por pessoa

Duração: 2 horas | Mínimo: 6 pessoas | Até 28 de setembro

• Welcome drink
• Visita guiada à adega
• Pisa tradicional de uvas tintas
• Prova de mosto
• Degustação de 3 vinhos, compota bêbeda e sortido regional

TOP Vindima – 50€ por pessoa

Duração: 3 horas | Mínimo: 10 pessoas | Até 28 de setembro

• Welcome drink e kit vindima
• Passeio pelas vinhas com corte de uvas
• Bucha tradicional
• Visita à adega
• Pisa de uvas
• Prova de mosto
• Degustação de 3 vinhos com compota bêbeda e produtos regionais

Informação adicional:

Crianças até 5 anos: entrada gratuita
Crianças dos 6 aos 12 anos: 25€ (sem prova de álcool)
Extras opcionais: almoço regional, fado, fandango e animação musical (preços sob consulta)

Reservas obrigatórias. Lugares limitados por grupo.

Informação e pedido da reserva

243 558 804 (chamada para a rede fixa nacional)
93 621 93 42 (chamada para a rede móvel nacional)

A Casa Agrícola Paciência – Tradição e Identidade no Coração do Ribatejo

Fundada no final do século XIX, a Casa Agrícola Paciência é uma das referências mais antigas da vitivinicultura no Ribatejo. Situada em Alpiarça, esta empresa familiar conta já com quatro gerações dedicadas à produção de vinho, começando com Manoel Paciência Gaspar, que engarrafou a sua primeira garrafa em 1905. Desde então, a quinta evoluiu continuamente, mantendo um profundo respeito pela tradição e pela terra.

A adega atual, construída em 1961 por Hermínio Duarte Paciência, foi projetada com uma planta simétrica e permanece, até hoje, um espaço de produção ativo, com capacidade para três milhões de litros. A produção destina-se maioritariamente ao mercado nacional, embora a exportação ganhe cada vez mais relevância. Além dos vinhos engarrafados, a Casa Paciência oferece vinagres e compotas bêbedas, valorizando os sabores da região.

A atual gestora, Luísa Paciência, dá continuidade ao legado da família, que sempre combinou a atividade agrícola com um forte compromisso social. Hermínio, médico e empresário, destacou-se pelo apoio à comunidade, pela promoção de salários dignos e pelo envolvimento cívico, sendo homenageado com uma estátua e uma biblioteca com o seu nome.

Mais do que uma exploração agrícola, a Casa Paciência representa um vínculo entre gerações, terra e identidade ribatejana — onde cada vindima é também um capítulo da história da região.

A Região dos Vinhos do Tejo – História, Terroir e Modernidade

A Região Vitivinícola do Tejo, anteriormente conhecida como Ribatejo, é uma das mais antigas e emblemáticas zonas de produção de vinho em Portugal. Com raízes que remontam a 2000 a.C., altura em que os Tartessos começaram a cultivar vinha nas margens férteis do rio Tejo, esta região guarda uma herança vinícola profunda e contínua.

Já no século XII, D. Afonso Henriques fazia referência aos vinhos locais no Foral de Santarém, e séculos mais tarde o Cartaxo exportava milhares de tonéis de vinho, sinal da vitalidade da produção regional.

O Tejo atravessa a região de forma marcante, influenciando fortemente o clima e os solos, com impacto direto na qualidade das uvas. A diversidade de terroirs – Bairro (argilo-calcário), Campo (aluvião fértil) e Charneca (arenoso) – permite estilos diferenciados de vinhos. Com cerca de 12.500 hectares de vinha distribuídos por 21 municípios, o Tejo tem vindo a afirmar-se como uma das regiões mais versáteis e promissoras do país.

O clima, marcado por dias quentes e noites frescas, favorece a maturação equilibrada das uvas, originando vinhos frescos e aromáticos. A nova geração de enólogos alia conhecimento técnico à tradição familiar, criando vinhos consistentes, com identidade e qualidade.

Nos brancos, dominam os aromas tropicais e cítricos; nos tintos, a fruta e a frescura são as notas principais. A região também produz rosés, espumantes, vinhos licorosos e colheitas tardias.

Com certificações DOC Tejo e IG Tejo, os vinhos da região apresentam uma relação qualidade-preço muito competitiva, sendo cada vez mais reconhecidos a nível nacional e internacional.