Entre 15 de agosto e 28 de setembro de 2025, a Quinta da Atela, em Alpiarça, convida a participar nas vindimas com um programa completo que une tradição, contacto com a natureza e prova de vinhos de qualidade reconhecida.
Sob o mote “Venha vindimar connosco”, o programa decorre entre as 09h00 e as 11h30 e inclui:
- Passeio de trator pelas vinhas
- Apanha de uvas
- Bucha na vinha
- Visita à adega com prova de vinhos
- Pisa a pé tradicional
Por apenas 20€ por pessoa, os participantes recebem t-shirt e chapéu de oferta. O número de vagas é limitado, sendo necessária reserva prévia.
A Quinta da Atela oferece ainda alojamento, loja de vinhos e espaços para eventos, num cenário que alia o melhor da tradição agrícola à hospitalidade moderna. Os vinhos Quinta da Atela e Capela da Atela têm ganho notoriedade junto da crítica e do público, sob a orientação do enólogo António Ventura e a gestão de Anabela Tereso.
História da Quinta da Atela
A história da Quinta da Atela remonta a 1346, quando era ainda conhecida por Quinta da Goucha e Atela, então propriedade de D. Afonso Telo de Menezes, Conde de Ourém e Barcelos. Séculos depois, foi doada ao Convento da Graça de Santarém, da Ordem dos Agostinhos Calçados. Já no século XX, foi adquirida por Isidoro Maria de Oliveira, fundador das Salsichas Izidoro.
Após o 25 de Abril, a quinta foi ocupada durante dez anos, sendo posteriormente restituída à família, embora parcialmente sob gestão da cooperativa agrícola. A grande reviravolta deu-se em 2017, com a aquisição pela Valgrupo, liderada por Anabela Tereso e Fernando Vicente.
A propriedade, com 600 hectares (dos quais 150 são vinha), foi alvo de uma requalificação profunda. Recuperaram-se edifícios históricos e modernizou-se a produção vínica. Aqui se produzem castas como Fernão Pires, Castelão, Touriga Nacional, entre outras, incluindo uma vinha velha de Castelão com mais de 75 anos, a Carvalhita. Outro destaque é o Paul da Gouxa, reserva natural integrada na quinta.
A Quinta da Atela oferece enoturismo de referência e produtos de alta qualidade, tendo sido distinguida como o Melhor Enoturismo do Tejo em 2022.
A Região Vitivinícola do Tejo
A Região Vitivinícola do Tejo, anteriormente conhecida como Ribatejo, tem uma ligação ancestral à vinha. As primeiras plantações datam de 2000 a.C., atribuídas aos Tartessos, e há referências documentadas no Foral de Santarém de 1170, por D. Afonso Henriques. A região foi também palco de grandes exportações e episódios históricos, como a proibição de plantação em 1765, por ordem do Marquês de Pombal.
Com cerca de 7.000 km² e 12.500 hectares de vinha, o Tejo é atravessado pelo rio que lhe dá nome, criando três sub-regiões:
- Bairro (solos argilo-calcários e xistosos)
- Campo (solos aluviais férteis)
- Charneca (solos arenosos)
Este contexto edafoclimático, com dias quentes e noites frescas, permite a produção de vinhos com frescura natural e equilíbrio. Os brancos são tropicais e elegantes, os tintos equilibrados e aromáticos, e a região também produz rosés, espumantes e licorosos.
Com IG Tejo ou DOC Tejo, os vinhos têm hoje expressão nacional e internacional, fruto de uma nova geração de enólogos e produtores que aliam ciência à tradição. Além disso, o Tejo oferece gastronomia rica, património histórico e paisagens agrícolas únicas, sendo um destino vínico de excelência.
Data e hora: 15/08/2025 - 28/09/2025
Lugar: Quinta da Atela N118 km 78, Alpiarça
Preço: 20€ por pessoa
