No próximo dia 30 de agosto, a Quinta da Lagoalva, em parceria com a Associação Amigos da Natureza de Alpiarça, organiza o programa “Pé na Terra”, uma experiência que alia natureza, cultura e gastronomia.
Este evento é uma oportunidade para conhecer de perto o património natural e as tradições da região, com destaque para o Paúl da Lagoalva, a música popular portuguesa e os sabores típicos da lezíria ribatejana.
Por apenas 24€ por participante, o programa inclui desde observação da fauna e flora até à degustação de um almoço regional ao ar livre, harmonizado com os vinhos e azeite da Lagoalva, culminando numa visita guiada pela história e espaços da quinta.
Programa Oficial
- 08h45 – Receção dos participantes no jardim com welcome coffee
- 09h15 – Saída para o campo
- 09h45 – Observação de espécies no Paúl da Lagoalva
- 10h30 – Apresentação do Rancho Folclórico e lanche regional
- 11h30 – Regresso à Quinta da Lagoalva
- 12h30 – Chegada e fim do passeio no campo
- 12h45 – Almoço típico no jardim, acompanhado pelos vinhos e azeite Lagoalva
- 14h15 – Visita guiada e história da Quinta da Lagoalva
- 15h00 – Encerramento do evento
Quinta da Lagoalva – tradição, vinhos e enoturismo em Alpiarça
A Quinta da Lagoalva, situada na margem sul do rio Tejo, a apenas dois quilómetros da vila de Alpiarça, é uma propriedade histórica com uma forte ligação à agricultura e ao vinho. A sua relevância aumentou em 1846, quando os bens passaram para a Casa de Palmela, com o casamento de D. Maria de Noronha de Sampaio com D. Domingos António Maria Pedro de Souza e Holstein, 2.º Duque de Palmela.
Com cerca de 600 hectares, a quinta mantém uma atividade agrícola diversificada, que inclui a produção de azeite, a extração de cortiça, a criação de gado e de cavalos puro-sangue lusitano. No entanto, é a vertente vitivinícola que se destaca, com 45 hectares de vinha, dos quais 2 hectares em modo biológico, dedicados à casta Alfrocheiro. Ao todo, estão plantadas 12 castas, que dão origem a vinhos reconhecidos pela sua qualidade e tipicidade.
A enologia está a cargo de Pedro Pinhão, distinguido como Enólogo do Ano dos Vinhos do Tejo 2024, em conjunto com Luis Paulino. O trabalho desta dupla tem consolidado a reputação da Lagoalva, que já foi distinguida três vezes com o prémio de Melhor Enoturismo da ERT Alentejo/Ribatejo e também como Melhor Enoturismo do Tejo em 2024.
Região Vitivinícola do Tejo
A Região Vitivinícola do Tejo, outrora conhecida como Ribatejo, é uma das mais antigas e emblemáticas áreas de produção de vinho em Portugal, com tradições que remontam a cerca de 2000 a.C., quando os Tartessos iniciaram a plantação de vinha junto às margens do rio Tejo.
Ao longo da história, o vinho desta região foi sempre valorizado, tendo já sido referido por D. Afonso Henriques no Foral de Santarém de 1170 e protagonizado exportações relevantes, como a do Cartaxo no século XIII, que terá enviado centenas de navios carregados de tonéis de vinho.
Localizada no centro do país, a região cobre cerca de 7.000 km², incluindo 21 municípios, e tem o rio Tejo como elemento central. A influência deste rio molda três sub-regiões distintas: o Bairro, com solos argilo-calcários; o Campo, fértil e de aluvião; e a Charneca, marcada por solos arenosos e mais pobres. A amplitude térmica, com dias quentes e noites frescas, garante uma maturação equilibrada das uvas, resumida pela frase de um crítico inglês: “hot days, cold nights, cool wines”.
Hoje, o Tejo apresenta uma enorme diversidade: vinhos brancos aromáticos e frescos, tintos equilibrados e frutados, mas também rosés, espumantes, frisantes, licorosos e colheitas tardias, todos certificados pela CVR Tejo como DOC do Tejo ou IG Tejo. A par da vinha, a região é igualmente marcada por património histórico, cavalos lusitanos e uma gastronomia rica, consolidando-se como um destino vínico de excelência em Portugal.
Data e hora: 30/08/2025 (8h45) - 30/08/2025 (15h00)
Lugar: Quinta da Lagoalva de Cima Quinta da Lagoalva de Cima, Alpiarça
Preço: 24€ por pessoa
