Vindimar como um Vinhateiro na Quinta do Sampayo

A Quinta do Sampayo abre as suas portas para uma experiência imersiva: “Vindimar como um Vinhateiro”. Uma oportunidade para participar na tradição da vindima, conhecer a cultura vitivinícola local e explorar a história da quinta.

Programa da Experiência

O dia inicia-se com o acolhimento e um mata-bicho tradicional. Segue-se a entrega do kit de vindima (tesoura, luvas, chapéu e óculos) e uma breve explicação sobre o processo e os cuidados a ter. Os participantes partem depois em tractor para a vinha, onde podem vindimar ou optar pela zona de relax.

Após a atividade, a quinta oferece um almoço regional, acompanhado por atuação de um rancho folclórico. A tarde prossegue com a apresentação da história da Quinta do Sampayo, explicação sobre castas e solos, e uma visita à adega e à cave.

Informações úteis

• Preço: 80€ por adulto | 40€ por criança até 12 anos (com atividades especiais).
• Datas: a definir, de acordo com a maturação das vinhas.
• Duração: 6 horas (dia inteiro), disponível de segunda a sábado.
• Participantes mínimos: 10 adultos e/ou 5 crianças.
• Zona Kids: disponível para jovens dos 10 aos 16 anos.

A Quinta do Sampayo

Integrada no Grupo Agroseber desde 1995, a Quinta do Sampayo está situada no concelho do Cartaxo, a menos de uma hora de Lisboa.

A sua produção de vinho remonta a 1718, sendo um dos marcos da história vínica regional. Em 1860, D. Pedro V atribuiu o título de Visconde do Cartaxo a Luís Teixeira de Sampayo, mantendo a tradição vitivinícola.

Ao longo dos séculos, a quinta foi palco de encontros culturais e políticos, tendo recebido figuras de destaque, como refere Almeida Garrett na obra Viagens na Minha Terra após a sua visita em 1843. Mais tarde, Luís Teixeira de Sampayo, Ministro dos Negócios Estrangeiros antes e durante a Segunda Guerra Mundial, reforçou a ligação da propriedade à diplomacia e à divulgação dos vinhos da região.

Hoje, a quinta ocupa 90 hectares, com 55 dedicados à vinha e 11 ao olival de oliveiras centenárias. Produz castas tintas como Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira, Castelão, Syrah e Alicante Bouschet, e brancas como Arinto e Fernão Pires.

A cave alberga barricas de carvalho francês e americano, essenciais no envelhecimento e na complexidade dos vinhos.

A adega moderna, construída na década de 2000, dispõe de lagares de inox com pisa mecânica e tecnologia atualizada. A enologia é conduzida por Marco Crespo, em conjunto com o agrónomo Alberto Miranda, garantindo qualidade e consistência na produção.

Região Vitivinícola do Tejo

A Região Vitivinícola do Tejo, anteriormente designada Ribatejo, possui uma história ligada à vinha desde 2000 a.C., quando os Tartessos introduziram a cultura junto ao rio Tejo. Em 1170, D. Afonso Henriques já fazia referência aos vinhos locais no Foral de Santarém. No século XVIII, o Cartaxo destacava-se pela exportação de grandes quantidades de vinho, embora em 1765 o Marquês de Pombal tenha ordenado a destruição de vinhas na região.

Atualmente, o Tejo é uma das principais áreas de produção em Portugal, com 12.500 hectares de vinha distribuídos por 21 municípios. O rio marca a paisagem e o clima, criando três terroirs distintos: o Bairro, com solos argilo-calcários e xistosos; o Campo, fértil e de aluvião; e a Charneca, de solos arenosos e mais pobres. A amplitude térmica entre dias quentes e noites frescas assegura uvas equilibradas e vinhos com frescura natural.

A diversidade de estilos é ampla: brancos tropicais e cítricos, tintos equilibrados com fruta evidente, rosés, espumantes, frisantes, licorosos e colheitas tardias. Todos têm certificação da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, através dos selos DOC Tejo ou IG Tejo.

Além do vinho, a região guarda um vasto património histórico, com ruínas romanas, castelos góticos, mosteiros manuelinos e vilas medievais, bem como tradições enraizadas na gastronomia, nos olivais, nos sobreiros e nos cavalos lusitanos.