Portugal, com a sua rica tradição vinícola, emprega várias classificações para garantir a qualidade e a origem dos seus vinhos. Estes selos não apenas protegem a autenticidade, mas também ajudam os consumidores em todo o mundo a entender melhor o que estão a beber.
Vamos explorar as principais abreviaturas e classificações usadas no sector vinícola português: DOP, DOC, IGP, entre outros.
1- DOC – Denominação de Origem Controlada
Antes da adesão de Portugal à União Europeia, a classificação DOC (Denominação de Origem Controlada) era utilizada, similar à DOP. Ela ainda é amplamente usada e reconhecida como um indicativo de alta qualidade dentro de Portugal.
A DOC garante que o vinho vem de uma região específica e segue rigorosos controles de produção, desde os tipos de uvas utilizadas até as técnicas de vinificação.
2- DOP – Denominação de Origem Protegida
“DOP” é a sigla para Denominação de Origem Protegida. Esta classificação é usada em toda a União Europeia para produtos cuja produção, processamento e elaboração ocorrem numa área geográfica específica, com conhecimentos reconhecidos e comprovados.
No setor vinícola, assegura que o vinho foi produzido em uma região particular, utilizando métodos tradicionais e certos tipos de uvas, o que garante características únicas ao vinho. Todos os aspectos do processo de produção são regulados estritamente.
Em Portugal existe 31 regiões DOP
1 DOP Vinho Verde
2 DOP Trás-os-Montes
3 DOP Douro
4 DOP Porto
5 DOP Távora-Varosa
6 DOP Lafões
7 DOP Dão
8 DOP Bairrada
9 DOP Beira Interior
10 DOP Encostas d’Aire
11 DOP Óbidos
12 DOP Alenquer
13 DOP Arruda
14 DOP Torres Vedras
15 DOP Lourinhã
16 DOP Bucelas
17 DOP Carcavelos
18 DOP Colares
19 DOP DoTejo
20 DOP Setúbal
21 DOP Palmela
22 DOP Alentejo
23 DOP Lagos
24 DOP Portimão
25 DOP Lagoa
26 DOP Tavira
27 DOP Madeira
28 DOP Madeirense
29 DOP Graciosa
30 DOP Biscoitos
31 DOP Pico
3- VR Vinho Regional
Antes conhecida como “Vinho Regional”, essa classificação foi substituída pelo termo IGP. No entanto, ainda é comum ouvir referências aos “Vinhos Regionais” quando se discute vinhos que se originam de regiões geográficas mais amplas do que as especificadas pelas DOPs e DOCs. Estes vinhos oferecem uma expressão mais variada de estilos e inovações, sem as restrições das categorias DOP/DOC
4 – IGP – Indicação Geográfica Protegida
A classificação IGP (Indicação Geográfica Protegida) é menos restritiva que a DOP/DOC, permitindo uma maior flexibilidade no tipo de uva e nas técnicas de produção.
Essa classificação ainda assegura que pelo menos uma fase do processo de produção ocorre na região nomeada, enfatizando a influência do meio geográfico na qualidade e nas características do vinho. A IGP é muitas vezes usada para regiões emergentes ou para vinhos que não se enquadram completamente nos critérios rigorosos da DOP.
Em Portugal contêm 14 regiões IGP
1- IGP Minho
2- IGP Transmontano
3 -IGP Duriense
4 -IGP Terras de Cister
5 -IGP Terras do Dão
6 -IGP Beira Atlântico
7 -IGP Terras da Beira
8 -IGP Lisboa
9 -IGP Tejo
10 -IGP Península de Setúbal
11 -IGP Alentejano
12 -IGP Algarve
13 -IGP Terras Madeirenses
14 -IGP Açores
Em Portugal, existem várias Comissões Vitivinícolas Regionais, cada uma responsável por uma região vitivinícola específica.
- Vinhos Verdes
- Trás-os-Montes
- Porto e Douro
- Távora-Varosa
- Bairrada
- Dão
- Beira Interior
- Lisboa
- Tejo
- Península de Setúbal
- Alentejo
- Algarve
- Madeira
- Açores
Estas comissões desempenham um papel crucial na certificação, controle e promoção dos vinhos produzidos nas suas respectivas regiões.
Existem aproximadamente 14 Comissões Vitivinícolas Regionais em Portugal, incluindo: Cada uma destas comissões garante que os vinhos produzidos em suas regiões atendam a padrões rigorosos de qualidade e autenticidade, preservando as características únicas de cada terroir.
Por exemplo:
A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (C.V.R.A.), fundada em 1989, é uma entidade privada de utilidade pública que tem como função principal a certificação, controle e proteção dos vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e dos vinhos regionais alentejanos.
Além disso, desempenha um papel crucial na promoção dos Vinhos do Alentejo tanto no mercado nacional quanto em mercados internacionais estratégicos. A CVRA financia suas atividades através da venda de selos de garantia, que são incluídos nos contra-rótulos dos Vinhos do Alentejo.
As classificações de vinho em Portugal – DOP, DOC, IGP, entre outras – são essenciais para compreender a diversidade e a qualidade dos vinhos portugueses.
Elas não apenas protegem o patrimônio vinícola do país, mas também orientam os consumidores nas suas escolhas, garantindo que a tradição e a autenticidade sejam mantidas em cada garrafa.
Ao escolher um vinho português, entender essas classificações pode enriquecer significativamente a experiência de degustação, oferecendo uma apreciação mais profunda das regiões e das histórias que moldam cada vinho.